quinta-feira, 6 de março de 2008

Focas ainda na faculdade

Alunos experimentam o mercado em estágios com responsabilidade profissional


A saída precoce dos estudantes de jornalismo para o mercado de trabalho pode provocar o encolhimento da oferta de vagas a profissionais nos veículos de comunicação em nível local. Somente na Universidade Católica de Pelotas, a cada semestre pelo menos 40 estágios são encaminhados por meio da Escola de Comunicação Social (ECOS), tanto para veículos de comunicação - como jornal ou televisão - quanto para assessorias de imprensa. Quem durante a faculdade já mostra as caras no jornalismo pelotense sente a pressão de ser exigido como um profissional e o medo de, depois de formado, perder a vaga para um novo estagiário.

A oportunidade de experiência hoje pode abrir caminhos para o mercado no futuro, entretanto, com o trabalho feito de forma praticamente profissional, uma estagiário pode significar um profissional a menos no mercado. A estudante Maíra Gatto trabalha há um ano e cinco meses no telejornalismo da TV Record local e diz saber que um jornalista profissional poderia estar em seu lugar. "A minha preocupação é de, quando graduada, me deparar com um mercado que tem pessoas não formadas em um lugar como o que eu estou agora [âncora do telejornal local]". Mesmo consciente do impacto que isso pode ter posteirormente, ela afirma que não poderia recusar uma oportunidade como a atual. "Ainda mais em uma cidade em que temos de pagar a faculdade", comenta.

Experiência sacrificante

Outra estudante, que prefere não ser identificada, é estagiária de jornalismo em um veículo local há sete meses, mas acha que trabalha como uma profissional. "É bom agora, pela experiência que eu ganho". Por outro lado, ela diz ter de fazer "um mega sacrifício" para conciliar os estudos e o trabalho. "[O estágio] é bom para o futuro, mas acabo não conseguindo acompanhar a faculdade tão bem como eu gostaria", pondera.

Além dos estágios em veículos de comunicação, o diretor da ECOS, Jairo Sanguiné, destaca o grande número de alunos que praticam seus conhecimentos em assessorias de imprensa, em sua grande maioria remunerados e com acordos assinados entre a empresa, a escola e o sindicato dos jornalistas. "O estágio reflete a o mercado de trabalho. Hoje, a maioria dos formados atuam em assessorias".

Para que os estagiários não sejam apenas mão-de-obra gratuíta ou barata, Sanguiné acredita que o melhor caminho é a regulamentação e a fiscalização do trabalho desenvolvido. Uma forma de minimizar a perda de postos profissionais para estudantes.

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(auto)Crítica ao texto original

O lide do texto original não estava claro e direto como deveria, e citava, desnecessariamente, uma das fontes da matéria. Com a pressa de realizar a tarefa, acabei desenvolvendo um lide truncado, que prejudicou a leitura de todo o texto. Um parágrafo de apenas uma frase também não deveria aparecer.

A falta de espaço entre os parágrafos e a falta de uma imagem ilustrativa também prejudicaram a leitura. Dosar a atenção e a pressa nos próximos textos pode ser uma alternativa para alcançar agilidade e precisão ao mesmo tempo.

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