quinta-feira, 13 de março de 2008

Crítica: Oscar Niemeyer, o Arquiteto da Invenção

DVD homenageia os cem anos do arquiteto


Dentre as muitas iniciativas de comemorar o centenário de Oscar Niemeyer, a revista Arquitetura & Construção (Editora Abril) ofereceu ao público, no final de 2007, a sua homenagem, oDVD Oscar Niemeyer. A publicação comercial realmente não tem um nome criativo, mas o que importa verdadeiramente é o documentário Oscar Niemeyer, o Arquiteto da Invenção, que compõe o DVD (assita a trecho).

Em 52 minutos, o especial conta a trajetória do notável arquiteto brasileiro por ele mesmo, por meio de entrevista concedida à editora da revista, Lívia Pedreira, ao engenheiro José Carlos Sussekind e ao arquiteto Ciro Pirondi, complementada por depoimentos de amigos e pessoas ligadas ao arquiteto. A trilha sonora de Benjamim Taubkin foi comporta especialmente para documentário gravada no Auditório Ibirapuera, espaço concebido por Niemeyer há mais de 50 anos.

Pelo lado bom

Ativo apesar do peso de ter cem anos, Niemeyer fala sobre seus projetos atuais e futuros, comenta suas obras consagradas e mostra um pouco de seu lado descontraído, inclusive falando palavrões em frente às câmeras. Como toda (ou quase toda) obra feita para homenagear alguém, o documentário limita-se ao lado belo e bem visto do arquiteto/artista, sem se preocupar em trazer depoimentos de opositores de seu estilo nem em comentar os problemas que algumas delas apresentam funcionalmente - por exemplo, a péssima acústica da catedral de Brasília. A impressão que se tem é de que os produtores não vêem como algo de bom tom falar mal ou apontar falhas em uma ode.

Mesmo ignorando o lado obscuro e pouco comentado na grande mídia das falhas em certos projetos, a gravação é um registro interessantíssimo, quase uma 'conversa' com um homem extremamente talentoso, que chamou a atenção do mundo por sua obras de vanguarda. Ouvir do próprio Neimeyer a defesa de sua convicção política (é comunista até hoje), suas convicções humanitárias, sobre a aruitura e sobre como vê a importância do espaço público e coletivo para as artes e a cultura, é algo inesquecível, mesmo que por DVD.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Focas ainda na faculdade

Alunos experimentam o mercado em estágios com responsabilidade profissional


A saída precoce dos estudantes de jornalismo para o mercado de trabalho pode provocar o encolhimento da oferta de vagas a profissionais nos veículos de comunicação em nível local. Somente na Universidade Católica de Pelotas, a cada semestre pelo menos 40 estágios são encaminhados por meio da Escola de Comunicação Social (ECOS), tanto para veículos de comunicação - como jornal ou televisão - quanto para assessorias de imprensa. Quem durante a faculdade já mostra as caras no jornalismo pelotense sente a pressão de ser exigido como um profissional e o medo de, depois de formado, perder a vaga para um novo estagiário.

A oportunidade de experiência hoje pode abrir caminhos para o mercado no futuro, entretanto, com o trabalho feito de forma praticamente profissional, uma estagiário pode significar um profissional a menos no mercado. A estudante Maíra Gatto trabalha há um ano e cinco meses no telejornalismo da TV Record local e diz saber que um jornalista profissional poderia estar em seu lugar. "A minha preocupação é de, quando graduada, me deparar com um mercado que tem pessoas não formadas em um lugar como o que eu estou agora [âncora do telejornal local]". Mesmo consciente do impacto que isso pode ter posteirormente, ela afirma que não poderia recusar uma oportunidade como a atual. "Ainda mais em uma cidade em que temos de pagar a faculdade", comenta.

Experiência sacrificante

Outra estudante, que prefere não ser identificada, é estagiária de jornalismo em um veículo local há sete meses, mas acha que trabalha como uma profissional. "É bom agora, pela experiência que eu ganho". Por outro lado, ela diz ter de fazer "um mega sacrifício" para conciliar os estudos e o trabalho. "[O estágio] é bom para o futuro, mas acabo não conseguindo acompanhar a faculdade tão bem como eu gostaria", pondera.

Além dos estágios em veículos de comunicação, o diretor da ECOS, Jairo Sanguiné, destaca o grande número de alunos que praticam seus conhecimentos em assessorias de imprensa, em sua grande maioria remunerados e com acordos assinados entre a empresa, a escola e o sindicato dos jornalistas. "O estágio reflete a o mercado de trabalho. Hoje, a maioria dos formados atuam em assessorias".

Para que os estagiários não sejam apenas mão-de-obra gratuíta ou barata, Sanguiné acredita que o melhor caminho é a regulamentação e a fiscalização do trabalho desenvolvido. Uma forma de minimizar a perda de postos profissionais para estudantes.

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(auto)Crítica ao texto original

O lide do texto original não estava claro e direto como deveria, e citava, desnecessariamente, uma das fontes da matéria. Com a pressa de realizar a tarefa, acabei desenvolvendo um lide truncado, que prejudicou a leitura de todo o texto. Um parágrafo de apenas uma frase também não deveria aparecer.

A falta de espaço entre os parágrafos e a falta de uma imagem ilustrativa também prejudicaram a leitura. Dosar a atenção e a pressa nos próximos textos pode ser uma alternativa para alcançar agilidade e precisão ao mesmo tempo.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Porto Alegre vira a capital do heavy metal

Banda britância Iron Maiden transporta os gaúchos para algum lugar no passado


Fazendo juz à pontualidade britância, o Iron Maiden subiu exatamente às 21h no palco do Gigantinho, em Porto Alegre, na quarta-feira, dia 5. Steve Harris, Bruce Dickinson e sua turma relembraram os bons tempos do heavy metal - nos idos da década de 1980 - e levaram 15 mil fãs ao delírio.

Depois de uma apresentação da banda de Lauren Harris (que só valeu por ser filha do baixista Steve), um Dickinson com todo o fôlego abriu o show com Aces High. As músicas seguintes, 2 Minutes to Midnight e Revelations foram seguidas em coro pela platéia.

O cenário egípicio é o mesmo da memorável turnê Powerslave, de 1984. No pano de fundo, temas dos discos apareciam conforme a música tocada. Mas para a quarta música, The Trooper, o mascote Eddie entrou na versão soldado, agarrado em uma bandeira britânica, levando o estádio abaixo.

A apresentação durou, ao total, duas horas - contando os 30 minutos de bis. Nesse tempo, desfilaram 16 músicas para o deleite dos aficcionados à Donzela de Ferro. O ponto alto foi a penúltima música do show, Fear of the Dark, com direito a um "gigante" no palco empunhando uma arma e "fuzilando" a platéia.

Dickinson se despediu elogiando o Brasil e prometendo um retorno em breve. Os fãs aguardam uma 17ª apresentação para logo - e de preferência na capital gaúcha.

O set list:

Intro - Churchills Speech
Aces High
2 minutes to midnight
Revelations
The Trooper
Wasted Years
Can I Play with madness
Rime of the ancient mariner
Powerslave
The Number of the Beast
Heaven can wait
Run to the Hills
Fear of the Dark
Iron Maiden


Bis
Moonchild
Clairvoyant
Hallowed be thy name



Assita a trecho do show do Iron Maiden, com a participação de Eddie


Iron Maiden Walk marca a espera pelo show da banda britânica


Camarim do Iron Maiden - exigências incluem 'bons vinhos locais'

Iron Maiden em Porto Alegre

Sexteto britâncio toca com um Eddie gigante passeando no palco

No camarim do Iron Maiden

Lista de exigências inclui bons vinhos locais e frangos inteiros fritos


Para estarem bem alimentados e contentes para o show desta noite, os integrandes da banda britânica de heavy metal Iron Maiden foi bem específica em sua lista de exigências. O grupo se apresenta hoje, dia 5, no Gigantinho, em Porto Alegre, depois de enlouquecer fãs na capital paulista no domingo e em Curitba na terça-feira.

Para beber, os caras pediram coisas bem variadas, como leite, chá e café com 2% da gordura do leite, cervejas de várias marcas e bons vinhos locais. Para comer, muitos vegetais cozidos no vapor, dois frangos inteiros fritos e dez bananas.

Exceto os guitarristas Adrian Smith e Dave Murrey, os músicos foram bem específicos em suas refeições:

O baixista Steve Harris pediu um sanduíche de frango no pão preto, sem maionese e sem manteiga. Uma porção de brócolis ao lado deve completar o lanche.

O vocalista Bruce Dickinson quer um peito de frango grande no vapor, cenouras e brócolis também no vapor.

O baterista Nicko McBrain e o guitarrista Janick Gers pediram, cada um, sanduíche de atum com maionese sem manteiga no pão branco.


Para descansar antes e depois do show, foram pedidos duas salas médias para massagem, 50 toalhas de banho, 8 cadeiras estofadas dobráveis, 2 espelhos de corpo inteiro, carpete claro e de qualidade e uma sala para acomodar 50 pessoas.


A lista dos comes e bebes é bem mais completa:

- Chá e café com 2% de gordura do leite
- 2 garrafas térmicas, uma com água gelada e outra com água na temperatura ambiente
- 6 litros de água gelada
- 8 latas de Red Bull
- 8 Gatorades de limão
- 1 caixa de Corona gelada
- ½ caixa de cerveja light
- ½ caixa de cerveja Boddingtons
- ½ caixa de cerveja Heineken ou Beck's
- ½ caixa de Guinness
- 1 litro de suco de laranja fresco e natural
- 1 litro de suco de cranberry
- 12 taças grandes de vinho
- 12 taças pequenas
- 1 abridor de garrafa
- 1 tábua para frutas
- 10 bananas
- 1 potinho com nozes, castanhas, amendoim etc.
- 12 Foster's - lata grande (cerveja)
- 1 pote com tipos variados de chocolate
- Biscoitos
- 2 frangos inteiros fritos
- 4 sacos grandes de batata chips
- 1 saco de batata de cebola & salsa
- Pão de fôrma e francês
- Pão de fôrma preto
- Pão com pelo menos 6% de fibra
- Margarina
- 1 garrafinha de mel
- 5 limões
- 1 garrafa de vinho branco local
- 1 tábua de frios com tipos variados de queijo e presunto, lombo, peito de peru e roast beef
- 2 latas de atum
- Legumes frescos e cozidos: tomate, cenoura, brócolis, ervilha etc.
- Mostarda , maionese e ketchup
- 1 litro de leite
- 1 pequena embalagem de leite de soja
- 2 garrafas de um bom vinho tinto local

Iron Maiden Walk marca a espera pelo show da banda britânica

domingo, 2 de março de 2008

Caminhada para esperar o Iron Maiden

Fãs aquecem para show com a Iron Maiden Walk, em Porto Alegre


No dia em que a banda britânica de heavy metal Iron Maiden se apresenta em São Paulo, cerca de 500 fãs fizeram em Porto Alegre a Iron Maiden Walk, uma caminhada até o estádio do Gigantinho, onde a banda toca no dia 5 de março. A manifestação não é por acaso: é a resposta a um pedido da própria banda de que fãs enviassem vídeos e fotos mostrando todo seu amor e dedicação pelo grupo. Algumas das imagens farão parte do DVD oficial da turnê Somewhere back in time.

A concentração começou às 14h na frente do Monumento ao Expedicionário, no Parque Farroupilha. Seguindo a pontualidade de seus ídolos, o grupo saiu em direção ao Beira Rio exatamente às 16h, acompanhados de um carro de som que tocava só músicas da banda favorita. Depois de percorrer algumas das principais avenidas da Capital, cantando e entoando gritos de "Olê olê olê, Maiden, Maiden", a legião de fãs chegou ao destino, onde uma parte promete esperar acampada até a hora da apresentação.

Solidariedade
Na espera pela chegada da banda, outras manifestações de fidelidade também foram feitas. Em São Paulo, a campanha foi para doações de sangue. Além da caminhada, os organizadores em Porto Alegre pretendiam arrecadar alimentos não perecíveis para serem doados, mas poucos responderam ao pedido e apenas 30 quilos de alimentos foram recolhidos.

O show
Não é a primeira vez que uma turnê do Iron Maiden vem ao Brasil. Uma das mais memoráveis apresentações é a do Rock in Rio de 1985, durante a turnê Powerslave. O show é o recorde de público em uma única apresentação do grupo, com 300 mil pessoas. Com a turnê Somewhere back in time, a banda toca em São Paulo (dia 2), Curitiba (dia 4) e Porto Alegre (dia 5) clássicos que marcaram a carreira - e a vida dos fãs.